A natureza humana segundo Freud, o inventor da Psicanálise
Por: Rodolfo Rodrigues
Na visão da psicanálise, o homem é movido por dois impulsos principais: sexualidade e agressão. Esses impulsos, juntamente com fatores ambientais como os conflitos de Édipo e de castração, necessitam de expressão. Operando em um sistema de energia fechado, a expressão desses impulsos é vital. O ego atua como mediador, permitindo a expressão direta ou indireta dos impulsos, seja por meio de sintomas neuróticos ou atos simbólicos. Esse modelo de homem, conforme Freud, precisa de um alto grau de controle social e de saídas institucionalizadas para seus impulsos. Sem essas estruturas, viveríamos de forma arriscada.
Freud vê a pulsão de vida e a pulsão de morte como aspectos complementares, onde eros e tanatos têm o mesmo peso. Ambas as formas de energia circulam livremente no inconsciente, cujo objetivo é aliviar tensões, seguindo o princípio do prazer. Para Freud, o homem está em constante conflito interno entre forças antagônicas.
A obra freudiana revela um certo ceticismo em relação à natureza humana, que, segundo Freud, é determinada por impulsos e forças irracionais do inconsciente, pela busca de equilíbrio e pelas experiências da primeira infância. Tudo o que o homem construiu – artes, ciências, instituições e civilização – são sublimações de seus impulsos sexuais e agressivos. Sem defesas, a civilização seria impossível, e uma sociedade sem necessidade de controle é inimaginável.
A psicanálise, enquanto tratamento, busca restaurar a harmonia entre id, ego e superego. Contudo, Freud não era otimista quanto a mudanças significativas, afirmando que a análise oferece ao ego do paciente a liberdade de optar, mas não elimina a possibilidade de reações mórbidas.
Colunista: Rodolfo Rodrigues
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